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Burnout Materno: como identificar e cuidar da sua saúde mental

FV Psicanálise

Cuidar dos filhos é uma das experiências mais transformadoras da vida, mas também pode ser uma das mais desgastantes. Muitas mães enfrentam uma sobrecarga silenciosa, que pode levá-las à exaustão física e emocional. O burnout parental é um fenômeno real e cada vez mais presente no mundo moderno, onde as mulheres acumulam múltiplas funções e vivem um convívio intenso com os filhos, sem pausas adequadas para descanso e autocuidado.

 

Se você sente que está constantemente esgotada, que perdeu a alegria da maternidade e que até pequenas demandas do dia a dia se tornaram insuportáveis, é hora de olhar com atenção para sua saúde mental.

O excesso de cobranças, a falta de divisão de tarefas dentro de casa e a invisibilização do trabalho materno contribuem para o esgotamento.
O excesso de cobranças, a falta de divisão de tarefas dentro de casa e a invisibilização do trabalho materno contribuem para o esgotamento.

O burnout parental ocorre quando o estresse crônico da maternidade atinge um nível extremo, levando a uma sensação de exaustão completa. Diferente do estresse ocasional, que faz parte da vida de qualquer mãe, o burnout materno é caracterizado por um desgaste contínuo, onde a sensação de prazer e conexão com os filhos vai se esgotando.

 

Principais sinais de Burnout Parental

                  •               Exaustão física e mental constante: sensação de cansaço que não melhora mesmo com descanso.

                  •               Falta de paciência: irritabilidade intensa, mesmo diante de situações simples.

                  •               Distanciamento emocional dos filhos: dificuldade em sentir alegria ou conexão na maternidade.

                  •               Sentimento de incompetência: sensação de que não está sendo uma boa mãe.

                  •               Oscilações de humor: ansiedade, tristeza, choro frequente ou até apatia.

                  •               Dores no corpo e problemas de saúde: tensão muscular, enxaquecas, insônia, baixa imunidade.

 

Se esses sinais são frequentes e intensos, é um alerta de que sua saúde mental está pedindo socorro.

 

A Intensidade do Convívio e a Privação de Sono:

 

O burnout materno pode ser agravado pelo convívio intenso e ininterrupto com os filhos. O amor por eles é imenso, mas sem pausas, a rotina se torna exaustiva.


A privação de sono, comum nas mães de bebês e crianças pequenas, também é um dos maiores gatilhos para o esgotamento. Estudos apontam que noites mal dormidas afetam diretamente o humor, a paciência e a capacidade de lidar com desafios cotidianos.

 

A sobrecarga emocional se intensifica ainda mais quando a mãe não tem rede de apoio e sente que precisa dar conta de tudo sozinha. Sem descanso, o desgaste mental só aumenta, tornando a maternidade uma experiência pesada e distante do que um dia foi sonhado.

 

O Ambiente Também Conta

 

Além da carga emocional, o ambiente tem um papel crucial no burnout materno. O excesso de cobranças, a falta de divisão de tarefas dentro de casa e a invisibilização do trabalho materno contribuem para o esgotamento. Muitas mulheres se sentem pressionadas a serem “mães perfeitas”, equilibrando trabalho, casa, criação dos filhos e ainda mantendo um sorriso no rosto.

 

A verdade é que nenhuma mulher dá conta de tudo sozinha, e está tudo bem precisar de ajuda.

 

Como Recuperar a Alegria de Ser Mãe?

 

O burnout pode fazer a maternidade perder a leveza, mas é possível resgatar o prazer de estar com os filhos. Algumas mudanças podem ajudar:

 

1. Exercício Circular: Recarregando suas energias

 

O exercício circular é um conceito essencial no combate ao burnout materno. Ele sugere que, para cuidar bem dos filhos, é preciso também cuidar de si mesma. Atividades como caminhar ao ar livre, praticar um hobby ou reservar um tempo para relaxar fazem parte desse ciclo de renovação.

 

2. O Papel do Psicólogo

 

Buscar apoio psicológico não significa que você é fraca ou incapaz. Pelo contrário, contar com um profissional pode ajudá-la a entender seus limites, aliviar a culpa materna e encontrar estratégias para recuperar seu bem-estar.

 

3. Cuidar de Si Mesma Não é Egoísmo

 

Muitas mães sentem culpa ao tirar um tempo para si, mas isso é essencial para evitar o esgotamento. Um banho mais demorado, um café da manhã sem pressa, um momento de silêncio… Pequenos hábitos fazem toda a diferença.

 

4. Delegar Tarefas e Pedir Ajuda

 

Seja do parceiro, de um familiar ou de uma rede de apoio, dividir responsabilidades é essencial para manter o equilíbrio. Você não precisa carregar o mundo sozinha.

 

Conclusão: Você também Importa!

Ser mãe é uma experiência incrível, mas também desafiadora. O burnout materno é um sinal de que algo precisa mudar, e buscar esse equilíbrio não é um luxo, é uma necessidade. O seu bem-estar é fundamental para que você possa cuidar de quem ama.

 

Se identificou com esse texto? Compartilhe com outras mães que possam estar passando pelo mesmo e lembre-se: você não está sozinha. Cuidar de si também é um ato de amor pela sua família.

 

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